"Adaptado do único conto infantil do escritor e narrado pelo próprio, o curta A Maior Flor do Mundo foi lançado em 2007. A animação é sobre um autor que quer contar uma história para crianças, mas não sabe como. " Barbara Nickel, Conexão ZH, Zero Hora, 19-06-2010, p.2.
Simples, bonito e poético, achei. Ah, a frase final é lapidar, me parece.
Ao final do vídeo, que leva menos de 10 minutos, há mini-desenhos que são links para outras animações.
Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/conexaozh/2010/06/18/a-maior-flor-do-mundo/
quarta-feira, 23 de junho de 2010
A Maior Flor do Mundo - José Saramago
terça-feira, 22 de junho de 2010
Sarau Romântico a luz de velas (Parte II)
Fotos: Diana Azeredo
Um sarau à luz do amor
As velas só colaboraram para incrementar o cenário. O que iluminou mesmo o sarau promovido pela Biblioteca Pública Municipal foi o amor. Na noite de sexta-feira, 18, músicas, histórias, poesias e teatro celebraram o sentimento em suas diferentes fomas de manifestação.
O Sarau à Luz de Velas ocorreu no restaurante Come Bem. O evento reuniu as contadoras de histórias Potira e Rosária, o artista múltiplo Geison Aquino, os atores da Cia. Afro-Cena Sérgio Rosa e Adriano Conceição e a dupla de canto e violão Esther e Saul Zart.
No cardápio da noite, foram incluídas poesias de Luís de Camões, Vinícius de Moraes e William Shakespeare e as histórias "Ramayana" e "O amor e a loucura". O público também provou as interpretações de "Monte Castelo" da Legião Urbana, "My heart will go on" de Celine Dion, "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos" de Roberto Carlos, "A bailarina e o soldado de chumbo" do Teatro Mágico, "Já sei namorar" dos Tribalistas, "Fico assim sem você" na versão de Adriana Calcanhoto e "Amor I love you" de Marisa Monte.
Durante o sarau, foi ainda servida uma pequena peça teatral, que apresentou a história do amor compartilhado por dois homens. Em todos esses pratos, a plátéia se alimentou de reflexões a respeito do próprio amor e das próprias manifestações artísticas. Foi uma noite para comer bem.
Texto: Diana Azeredo (Folha do Mate, 22 de junho de 2010.)
segunda-feira, 21 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Sarau Romântico a Luz de Velas
Vamos celebrar o AMOR num Sarau Romântico sob a luz de velas na sexta feira, dia 18 de junho de 2010.
O Sarau acontecerá às 20 horas, no Restaurante Come Bem, Rua Visconde do Rio Branco, 1030. Mas não vamos alimentar o corpo, pois não haverá comidas ou bebidas, vamos alimentar é a nossa alma com poesia, música, teatro e histórias.
Apresentações:
Teatro: Cia. Teatral Afrocena
Poesia e Violão: Geison Aquino
Histórias: Rosária Costa e Potira
Música: Saul Zart e Manuela Goulart
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Manuelzão e Miguilim - João Guimarães Rosa
Está chegando na Biblioteca Pública...
UM CHAMADO JOÃO
João era fabulista?fabuloso?
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal êle era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
Era um teatro
e todos os artistas
no mesmo papel,
ciranda multívoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo
como flor é flor, mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bôlso
cada qual com a côr de água
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gôta redigia
nome, curva, fim,
e no destinado geral
seu fado era saber
para contar sem desnudar
o que não deve ser desnudado
e por isso se veste de véus novos?
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico, apelador
de precípites prodígios acudindo
a chamado geral?
Embaixador do reino
que há por trás dos reinos,
dos podêres, das
supostas fórmulas
de abracadabra, sésamo?
Reino cercado
não de muros, chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria
se lhe perguntavam
que mistério é êsse?
E propondo desenhos figurava
menos a resposta que
outra questão ao perguntante?
Tinha parte com... (sei lá
o nome) ou êle mesmo era
a parte de gente
servindo de ponte
entre o sub e o sôbre
que se arcabuzeiam
de antes do princípio,
que se entrelaçam
para melhor guerra,
para maior festa?
Ficamos sem saber o que era João
e se João existiu
de se pegar.
21/11/1967
Carlos Drummond de Andrade
(Poema de Carlos Drummond de Andrade, publicado no Correio da Manhã de 22 de novembro de 1967, três dias após a morte de Guimarães Rosa)
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